quinta-feira, março 11, 2010

Presos e torturados pela ditadura.

- Caetano Veloso e Gilberto Gil
Em 27 de dezembro de 1968, Veloso e o parceiro Gilberto Gil foram presos, acusados de terem desrespeitado o hino nacional e a bandeira brasileira. Foram levados para o quartel do Exército de Marechal Deodoro, no Rio, e tiveram suas cabeças raspadas.
Ambos foram soltos em 19 de fevereiro de 1969, quarta-feira de cinzas, e seguiram para Salvador, onde tiveram de se manter em regime de confinamento, sem aparecer nem dar declarações em público. Em julho de 1969, após dois shows de despedida no Teatro Castro Alves, nos dias 20 e 21, Caetano e Gil partiram com suas mulheres, respectivamente as irmãs Dedé e Sandra Gadelha, para o exílio na Inglaterra

- João Amazonas
- José Genoíno
- Paulo Francis
- Luiz Inácio Lula da Silva
- Frei Tito
- Geraldo Vandré
- Raul Seixas
- Vinícius de Moraes
- Jaguar
- Ziraldo
Ele e mais vinte jornalistas que foram perseguidos durante os anos de chumbo — teve seu processo de anistia aprovado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e foi indenizado em mais de 1 milhão de reais. Ele e o cartunista Jaguar receberam as maiores indenizações. À época, Ziraldo afirmou que "o Brasil lhe devia" tal reparação e que estava "se lixando" para os críticos. Tal caso foi comentado pelo cartunista Millôr Fernandes, que negou-se a exigir indenização, afirmando "quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento?"
- Bete Mendes
- Maria Joaquina Marques Dia
- Ruy Mauro Marini
- Irmã Maurina

Lista dos principais movimentos da época


- Lista dos principais movimentos da época
Direita :

Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES)
Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad)
Campanha da Mulher pela Democracia (Camde, financiada pelo Ipes)
União Cívica Feminina (UCF, sob orientação do Ipes)
Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (Adce, ligada ao Ipes)
Movimento Anticomunista (MAC, formado por universitários)
Frente da Juventude Democrática (formada por estudantes anticomunistas radicais)
Comando de Caça aos Comunistas (formado por estudantes anticomunistas radicais, conhecido como CCC)
Esquadrões da Morte (formados por policiais para o assassinato de opositores)

Após o golpe de 1964


Logo após o golpe de 1964, em seus primeiros 4 anos, a ditadura foi endurecendo e fechando o regime aos poucos. O período compreendido entre 1968 e 1975 foi determinante para a nomenclatura histórica conhecida como "anos de chumbo". Vieram os Atos Institucionais, artificialismos criados para dar legitimidade jurídica a ações políticas contrárias à Constituição Brasileira de 1946, culminando numa ditadura.

Dezoito milhões de eleitores brasileiros sofreram das restrições impostas por seguidos Atos Institucionais que ignoravam e cancelavam a validade da Constituição Brasileira, criando um estado de exceção, suspendendo a democracia.

Querendo impor um modelo sócio, político e econômico para o Brasil, a ditadura militar no entanto tentou forjar um ambiente democrático, e não se destacou por um governante definido ou personalista. Durante sua vigência, a ditadura militar não era oficialmente conhecida por este nome, mas pelo nome de "Revolução" e seus governos eram considerados "revolucionários". A visão crítica do regime só começou a ser permitida a partir de 1974, quando o general Ernesto Geisel determinou a abertura lenta e gradual da vida sócio-política do país.

O golpe também foi recebido com alívio pelo governo norte-americano, satisfeito de ver que o Brasil não seguia o mesmo caminho de Cuba, onde a guerrilha liderada por Fidel Castro havia conseguido tomar o poder. Os Estados Unidos acompanharam de perto a conspiração e o desenrolar dos acontecimentos, principalmente através de seu embaixador no Brasil, Lincoln Gordon, e do adido militar, Vernon Walters, e haviam decidido, através da secreta "Operação Brother Sam", dar apoio logístico aos militares golpistas, caso estes enfrentassem uma longa resistência por parte de forças leais a Jango.

Mas o que houve naquela época? Part.2

- Situação nacional

No Brasil, o golpe de 1964 e a conseqüente tomada do poder pelos militares contou com o apoio do grande empresariado brasileiro, temeroso que as medidas reformistas do presidente João Goulart desencadeassem um golpe comunista, particularmente devido às nacionalizações.

A população, no início confusa e receosa, depois desinformada pela repressão à imprensa, acabou se acomodando à medida que a economia, aparentemente, melhorava.

- A Imprensa

Antes da ditadura, jornais como O Globo, Jornal do Brasil, Correio da Manhã e Diário de Notícias pregaram abertamente a deposição do presidente. Somente o jornal Última Hora se opôs ao golpe.

Segundo o jornalista Fernando Molica: "A grande maioria dos jornais era favorável à derrubada do governo João Goulart e festejou o golpe…"[15]

Segundo Mino Carta, "a Folha de S. Paulo não só nunca foi censurada, como emprestava a sua C-14,(popular Chevrolet Veraneio), usado para transportar o jornal, para recolher torturados ou pessoas que iriam ser torturadas na Oban, Operação Bandeirante".


- Consolidação do regime militar

O jornal Última Hora e a sede da UNE foram destruídos por militantes de Lacerda, muitas das organizações que apoiavam Jango tiveram seus líderes presos e perseguidos pela ditadura.

À medida em que o golpe militar foi avançando as liberdades individuais da população brasileira foram sendo extintas com o endurecimento do regime.

A imposição de um estado de exceção com a ruptura dos direitos civis da população e uma ditadura militar com o alinhamento político-econômico sob tutela e proteção dos Estados Unidos da América, segundo aqueles, era primordial para a modernização do Brasil, e, havia a doutrina propagandeada de que "o que era bom para os Estados Unidos era bom para o Brasil".

Mas o que houve naquela época ? - Part.1


Em 1964 houve um movimento de reação, por parte de setores conservadores da sociedade brasileira - notadamente as Forças Armadas, a sociedade civil e o alto clero da Igreja Católica, apoiados fortemente pela potência dominante da época, os Estados Unidos da América - ao temor de que o Brasil viria a se transformar em uma ditadura socialista similar à praticada em Cuba, após a falha do Plano Trienal do governo de João Goulart de estabilizar a economia, seguido da acentuação do discurso de medidas vistas como comunistas na época, as quais incluíam a reforma agrária e a reforma urbana.

No dia 13 de março daquele ano, data da realização de comício em frente à Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, perante trezentas mil pessoas, Jango decreta a nacionalização das refinarias privadas de petróleo e desapropriação, segundo ele para a reforma agrária, de propriedades às margens de ferrovias, rodovias e zonas de irrigação de açudes públicos. Desencadeou-se uma crise no país, com a economia já desordenada e o panorama político confuso. A oposição militar veio à tona para impedir que tais reformas se consolidassem, impondo, portanto, uma manutenção da legalidade e da estrutura socioeconômica vigente.

Por isso, e pela falta de mobilização de setores mais baixos da sociedade, alguns historiadores consideram o movimento de 1964 como um golpe de Estado.O golpe de Estado conduziu à época da história do Brasil que foi denominada de Regime Militar de 1964. Esta época foi caracterizada economicamente por um grande desenvolvimento do país, por meio de financiamento norte-americano em grande escala, justificado em parte pelo controle do medo comunista e das organizações de trabalhadores pelos militares, o que era interpretado como estabilidade política pelos setores predominantes da economia mundial.

Porém, tal desenvolvimento econômico foi acompanhado de uma violenta repressão política e aumento da dívida externa, especialmente durante as décadas de 1960 e 1970 sob a égide da Lei de Segurança Nacional como justificativa de manter a sociedade politicamente estável no sentido de evitar a influência de idéias comunistas em um mundo dividido entre dois regimes, mas que também atuava contra qualquer um que discordasse publicamente da atuação do regime ou que pudesse provocar tal discordância.

Além da limitação de várias liberdades (como as de expressão, imprensa e organização), naquela época tornaram-se comuns os interrogatórios, prisões e tortura daqueles considerados opositores políticos do regime militar, especialmente os que fossem considerados simpatizantes de idéias comunistas, incluindo-se muitos estudantes, jornalistas e professores. Para além das prisões, estima-se que cerca de 300 dissidentes perderam a vida. Segundo a versão defendida pelos militares, a maioria dessas mortes teria ocorrido em combate com as Forças Armadas. Entretanto, os grupos de defesa dos direitos humanos e organizações de sobreviventes da ditadura militar, estimam que este número seja muito maior.

EU TE AMO, MEU BRASIL!

Letra e música: Don e Ravel
As praias do Brasil ensolaradas,
O chão onde o país se elevou,
A mão de Deus abençoou,
Mulher que nasce aqui tem muito mais amor.

O céu do meu Brasil tem mais estrelas.
O sol do meu país, mais esplendor.
A mão de Deus abençoou,
Em terras brasileiras vou plantar amor.

Eu te amo, meu Brasil, eu te amo!
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil.
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo!
Ninguém segura a juventude do Brasil.

As tardes do Brasil são mais douradas.
Mulatas brotam cheias de calor.
A mão de Deus abençoou,
Eu vou ficar aqui, porque existe amor.

No carnaval, os gringos querem vê-las,
No colossal desfile multicor.
A mão de Deus abençoou,
Em terras brasileiras vou plantar amor.

Adoro meu Brasil de madrugada,
Nas horas que estou com meu amor.
A mão de Deus abençoou,
A minha amada vai comigo aonde eu for.

As noites do Brasil tem mais beleza.
A hora chora de tristeza e dor,
Porque a natureza sopra
E ela vai-se embora, enquanto eu planto amor.

Enquanto isso, acompanha-se o Big Brother sem saber o sentido do nome do programa e louva-se a apatia em receitas musicais de diversos estilos musicais como: “Deixa a vida me levar...” e "Vou deixar a vida me levar..."

Governo Figueiredo (1979 - 1985)



A mentira se encerra com chave-de-ouro. O general Figueiredo certamente foi o menos cortês de todos os presidentes do período militar, frases ríspidas e gafes foram correntes em seu governo. Ex-chefe do SNI no Rio de Janeiro, o carioca João Baptista de Oliveira Figueiredo governa o país entre 15 de março de 1979 e 15 de março de 1985.Os 21 anos de ditadura interromperam o processo democrático e, mesmo com aumentos consideráveis em alguns anos do PIB, deixou mais pontos negativos do que positivos, como a centralização, o inchaço das grandes cidades, o sucateamento da malha ferroviária, o emburrecimento do ensino, o endividamento externo e a estatização excessiva. O Brasil tem uma tradição pouco democrática em que até os partidos de esquerda sabem de cor. O PT pediu a saída de todos os presidentes eleitos democraticamente no pós-ditadura e fez de tudo para barrar uma CPI que certamente revelaria muitos podres a mais e daria num impeachment de Lula. Se o governo Lula continuar a pensar que ainda está em campanha e apenas se apoiar na propaganda, em muito pouco tempo ouviremos “Fora Lula”.

Governo Geisel (1974 - 1979)


Com o fim do milagre econômico, o governo do gaúcho Ernesto Geisel tem de enfrentar o aumento da inflação, crise do petróleo e transferência de investimentos para os Tigres Asiáticos. Depois de 10 anos, a ditadura sofre uma grande derrota nas urnas. A oposição vence nos Estados e cidades mais importantes do país. Geisel mantém a legalidade das eleições, descontentando fascilósofos e fascistas, e passa a comandar a abertura "lenta, gradual e segura".

Governo Médici (1969-1974)




Sonho de consumo de qualquer nazi-fascista, o governo de Emílio Garrastazu Médici leva o Brasil aos anos de chumbo. A luta armada passa a ser cada vez mais forte no governo do ex-chefe do SNI. Para contê-la, o Destacamento de Operações e Informações ao Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) amplia para todo o país as torturas contra aqueles que fossem, inclusive, suspeitos de lutar contra os princípios democráticos.Nos anos 70 começam os mega-projetos que fariam inveja a Albert Speer. Transamazônica, Ponte Rio-Niterói, Hidrelétrica de Itaipu. Todos os projetos eram os maiores do mundo, ampliando o complexo de inferioridade do país.

Governo da Junta Militar (1969)



A Junta Militar é formada pelos ministros da Exército (Aurélio de Lira Tavares), Força Aérea (Márcio de Sousa e Melo) e Marinha (Augusto Rademaker). O governo da Junta Militar, popularmente conhecida como "Os Três Patetas", dura apenas dois meses e é marcado pela radicalização dos descontentes e das reações do governo, que cria, em nome de Deus e da democracia, a punição de expulsão do país e a pena de morte para os contra-revolucionários. O congresso, agora amordaçado pelas cassações, é reaberto após dez meses de recesso.

Governo Costa e Silva (1967 - 1969)




É no governo do gaúcho Arthur da Costa e Silva que a ditadura se consolida. Com o discurso de combate ao terrorismo, a ditadura militar cria um aparato estatal quase nos moldes dos países comunistas, além do centralismo e da castração da liberdade partidária e individual.Ex-Ministro da Guerra de Castello Branco, Costa e Silva havia sido afastado do comando do 4º Exército pelo presidente João Goulart por ter reprimido manifestações estudantis.Costa e Silva sofre uma trombose e é obrigado a se afastar da presidência em agosto de 1969. Como seu vice-presidente Pedro Aleixo é civil, cria-se um impasse. A solução para manter a "democracia" é a criação da "Junta Militar". Costa e Silva morre quatro meses depois.

Governo Castello Branco (1964 - 1967)




No dia 11 de Abril o congresso elege,em nome da "democracia",o chefe do Estado-maior do Exército, marechal Humberto de Alencar Castello Branco. Este governo duraria até as eleições de 1965, mas foi prorrogado por mais dois anos em nome do "amor, ordem e progresso". O cearense Castello Branco tome posse quatro dias depois e consolida o golpe (chamado de revolução pelos defensores e fascilósofos). A ditadura mostra a sua cara: mais três Atos Institucionais são baixados, limitando a liberdade e dissolvendo todos os partidos políticos. São permitidos apenas dois novos partidos, a Arena (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Na verdade, a existência do partido de oposição (MDB) serve apenas para legitimar a "democracia".

quinta-feira, março 04, 2010

Governo João Goulart (1961-1964)


- Implantou Reformas de Base
- Fortalecimento dos Movimentos sociais: UNE e Ligas Camponesas
- Oposição das elites conservadoras, Igreja e classe média